sábado, 30 de agosto de 2008


Paisagem discreta

Lá em casa tem uma janela,
Dá vista pro mar,
Não canso de olhar
Os ventos que vem de lá
Aquela brisa serena
Com gosto de sol molhado
Torno-me tão pequena
Diante desse imenso interminável

Na minha porta tem areia
Fofinha pra eu sentar
De lá eu vejo as ondas
E conto as estrelas do mar
Muitas formam fileiras
Deitam na praia inteira
Para areia enfeitar

Dou alguns passos, chego ao mar
Sinto a água meus pés molhar
E o vento me acaricia suave a me dengar
Meu corpo cede, o mar me envolve
Sou cria para ninar
Sou filha tua, Iemanjá.